quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

2014... o Brasil é logo ali!


Quando o homem médio pensa em engenharia na Copa do Mundo, a primeira coisa que vem à sua cabeça são os estádios e seus apetrechos tecnológicos.

Há quem se angustie com a aparente inércia dos clubes, que ainda não começaram a botar tratores, caminhões-betoneira e um monte de pedreiro para construir logo suas modernas arenas.

Mas isso tudo é rapidinho de construir, se os projetos executivos estiverem redondos. Difícil mesmo vai ser construir o resto, ou seja, toda infraestrutura de transportes - aéreo, rodoviário, ferroviário -, hospitais, segurança pública...

É o que afirmou, ao Portal PINIweb, José Roberto Bernasconi, presidente do Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva, doravante Sinaenco.

Para ele, a acessibilidade ao País é o aspecto mais preocupante. É preciso, por exemplo, dar início urgentemente a projetos de novos aeroportos decentes nas capitais postulantes a cidades-sede da Copa, já que os atuais não aguentariam o monte de gente que deve desembarcar por aqui durante o evento.

Esses empreendimentos têm projetos complexos, demandam licenciamento ambiental - processos que, sabemos, podem levar anos para serem analisados e liberados no Brasil - enfim, não são realizáveis da noite pro dia.

Sobra, portanto, um grande pepino nas mãos pra resolver.

Verdade que há o PAC, o tal Programa de Aceleração do Crescimento, pacotão de investimentos em obras de infraestrutura social e urbana, energética e de logística e transporte - seus três principais pilares.

Mas ele precisa começar a ser executado com mais agilidade. Nos dois primeiros anos do programa, foram atingidos apenas 15% da meta de investimentos públicos e privados previstos até 2010. É pouco provável que, nos dois anos restantes, os 85% que faltam sejam realmente investidos, certo?

Se as coisas continuarem nessa velocidade, aliás, nem em 2014 o PAC estará concluído.

Questionado sobre os atrasos no cronograma do PAC, o Governo Federal sempre apresenta a justificativa de que as obras não "deslanchavam" por falta de licenciamento ambiental, de projetos, de desapropriações, etc. Exatamente a complexidade de que fala o Bernasconi.

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