segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Lapa livre

Os agentes do mercado imobiliário estão ansiosos pela liberação de cerca de 1,5 milhões de m² na região da Lapa, na zona Oeste da cidade de São Paulo. Na próxima terça-feira, 12 de agosto, o Conpresp (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da cidade de São Paulo) se reúne para votar um projeto que exclui 21 imóveis do processo de tombamento iniciado automaticamente, em 2004, com a Lei de Zoneamento. Àquela ocasião, a subprefeitura da Lapa indicou 51 imóveis para tombamento, mais que qualquer outra administração.
Como o valor histórico desses imóveis é contestado por especialistas e pela própria Secretaria Municipal de Cultura, a expectativa é de que o projeto seja aprovado. Principalmente porque, acredita-se, a liberação dessas áreas para o mercado imobiliário irá ajudar a desenvolver a região, hoje degradada, com prédios desocupados localizados às margens da linha férrea da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), que corta o bairro.
O plano do governo municipal é levar, por meio da Operação Urbana Vila Leopoldina-Jaguaré, cerca de 175 mil moradores à região. No ranking dos bairros mais valorizados da capital, a Lapa aparece na 50ª posição, bem atrás de bairros vizinhos, como Jaguaré (1º colocado), Perdizes (29º) e Pompéia (35º).

Operação Urbana

De acordo com o portal da prefeitura de São Paulo, a Operação Urbana Vila Leopoldina-Jaguaré propõe, além do adensamento habitacional, uma remodelação do sistema viário, com a construção de pontes, já em execução, sobre os rios Pinheiros e Tietê para ligar a região à rodovia Anhangüera e à região Norte da cidade. O prolongamento da avenida Escola Politécnica, para alivio da avenida Jaguaré e da rua Alvarenga, está nos planos da operação, que prevê também a construção de uma nova avenida, paralela à Marginal, que ligue a ponte Vila dos Remédios, a Lapa de Baixo e a avenida Marquês de São Vicente.
O reposicionamento de duas estações de trem da CPTM e a localização estratégia de três estações, das linhas 2 e 8 do Metrô, compatibilizariam os usos aos adensamentos propostos. Em tempo, as propostas das Operações Urbanas datam de 2004.


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