Arquitetura surreal

O Museu Salvador Dali de St. Petersburg, na Flórida (EUA), deverá ganhar uma nova sede. Como já estão garantidos cerca de 75% dos US$ 32 milhões necessários para a construção do edifício, o projeto deve começar a tomar forma nos próximos meses. Pelo que mostra a primeira renderização, fornecida pelo escritório HOK, sua arquitetura se inspira na obra do pintor surrealista espanhol - na fachada, uma grande estrutura geodésica de vidro aflora da construção em concreto. A área construída prevista é de aproximadamente 6,3 mil m², que incluem uma biblioteca, um auditório, salas de aula e um espaço de vivência, além das áreas de exposições. Uma ampla cozinha fornecerá a infra-estrutura para a realização de eventos no local. A estrutura será projetada para resistir a furacões Categoria 5 (a mais alta na escala de intensidades) e ficará em um local elevado, para evitar danos causados por eventuais enchentes e ressacas. O museu ficará na orla de Tampa Bay. A obra deverá ser entregue em 2010. A sede atual, inaugurada em 1982, recebe 200 mil visitantes por ano. No ano passado, foi vendida por US$ 6 milhões para a Universidade de St. Petersburg.

Site: http://www.salvadordalimuseum.org

Fonte: HOK

Busca a pé

O site norte-americano WalkScore mostra, com uma simples pesquisa de endereço, as facilidades da vizinhança (escolas, restaurantes, bibliotecas, etc.) às quais se pode chegar a pé. O serviço não usa uma tecnologia nova - é uma mistura de Google Maps com dados georreferenciados do Censo dos Estados Unidos -, mas vale a pena, pelo menos para quem mora nos EUA, para avaliar oferta de serviços próximos ao endereço pesquisado. Além do mapa da região, o WalkScore também dá uma nota - numa escala de 0 a 100 - para a "andabilidade" do endereço, ou seja, para a quantidade de estabelecimento nas redondezas. Como afirma a matéria do NYT, é uma boa ferramenta para aqueles que procuram um imóvel numa região completamente desconhecida.

Comunicação e Engenharia – Relação com a Imprensa

Reproduzindo na íntegra a partir do site do PECE, o Programa de Educação Continuada da Escola Politécnica da USP, que, nesse emaranhado de siglas, vem a significar Universidade de São Paulo.

Comunicação e Engenharia – Relação com a Imprensa

Palestra Gratuita
14 de agosto de 2008, das 19h30 às 21h00 - evento gratuito
Local: Anfiteatro da Engenharia Mecânica da Escola Politécnica da USP
Inscreva-se aqui.

Esta palestra é um oferecimento do curso de Especialização em Gestão e Engenharia de Produtos MBA/USP que tem uma nova turma programada para início em 28 de julho de 2008.

Palestrantes
A abertura do evento será realizada pelo Prof. Dr. Paulo Carlos Kaminski, coordenador do MBA em Gestão e Engenharia de Produtos do PECE. A palestra será ministrada por Gustavo Longhi de Carvalho.
Gustavo Longhi de Carvalho é mestre e graduado em engenharia mecânica pela Escola Politécnica da USP e jornalista. Tem nove anos de experiência na indústria e publicou vários textos jornalísticos em sites e jornais

Resumo da Palestra
Aspectos do jornalismo geral de interesse a engenheiros e com aplicação, pelo menos indireta, em sua atividade ou conhecimento pessoal, por exemplo, auxiliando no aprimoramento do seu senso crítico diante de textos jornalísticos. Indicações de como lidar com a imprensa no dia-a-dia, em situações críticas e a partir de erros em um jornal. Conceitos de calúnia, infâmia e difamação.

Conteúdo
O que é Media Training (como lidar com a imprensa) e qual é sua importância no cenário atual.
O que caracteriza uma notícia.
Como se portar em uma entrevista.
Como funcionam os meios de comunicação.
Diferenças entre o jornalismo e a engenharia nas organizações.
Situações críticas e erros de imprensa.
Exemplos de casos de engenharia cobertos pela imprensa.

Coffee-break
Ao final será oferecido coffee-break para aos participantes.

Local
Anfiteatro da Engenharia Mecânica da Escola Politécnica da USP.
Av. Professor Mello Moraes, 2463 Cidade Universitária Escola Politécnica da Universidade de São Paulo.

Lapa livre

Os agentes do mercado imobiliário estão ansiosos pela liberação de cerca de 1,5 milhões de m² na região da Lapa, na zona Oeste da cidade de São Paulo. Na próxima terça-feira, 12 de agosto, o Conpresp (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da cidade de São Paulo) se reúne para votar um projeto que exclui 21 imóveis do processo de tombamento iniciado automaticamente, em 2004, com a Lei de Zoneamento. Àquela ocasião, a subprefeitura da Lapa indicou 51 imóveis para tombamento, mais que qualquer outra administração.
Como o valor histórico desses imóveis é contestado por especialistas e pela própria Secretaria Municipal de Cultura, a expectativa é de que o projeto seja aprovado. Principalmente porque, acredita-se, a liberação dessas áreas para o mercado imobiliário irá ajudar a desenvolver a região, hoje degradada, com prédios desocupados localizados às margens da linha férrea da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), que corta o bairro.
O plano do governo municipal é levar, por meio da Operação Urbana Vila Leopoldina-Jaguaré, cerca de 175 mil moradores à região. No ranking dos bairros mais valorizados da capital, a Lapa aparece na 50ª posição, bem atrás de bairros vizinhos, como Jaguaré (1º colocado), Perdizes (29º) e Pompéia (35º).

Operação Urbana

De acordo com o portal da prefeitura de São Paulo, a Operação Urbana Vila Leopoldina-Jaguaré propõe, além do adensamento habitacional, uma remodelação do sistema viário, com a construção de pontes, já em execução, sobre os rios Pinheiros e Tietê para ligar a região à rodovia Anhangüera e à região Norte da cidade. O prolongamento da avenida Escola Politécnica, para alivio da avenida Jaguaré e da rua Alvarenga, está nos planos da operação, que prevê também a construção de uma nova avenida, paralela à Marginal, que ligue a ponte Vila dos Remédios, a Lapa de Baixo e a avenida Marquês de São Vicente.
O reposicionamento de duas estações de trem da CPTM e a localização estratégia de três estações, das linhas 2 e 8 do Metrô, compatibilizariam os usos aos adensamentos propostos. Em tempo, as propostas das Operações Urbanas datam de 2004.


Exibir mapa ampliado

Brasil terá mais 1000 MW de energia eólica

A Enel e a SoWiTec, duas empresas européias do setor de energia, anunciaram nesta semana que irão desenvolver, em conjunto, projetos de usinas eólicas no Nordeste brasileiro. A potência total deverá chegar a 1000 MW - maior, por exemplo, do que a potência nominal da Usina Nuclear de Angra 1 (657MW). Os parques eólicos deverão ser construídos nos Estados do Ceará, Bahia, Rio Grande do Norte e Sergipe. Segundo o Atlas do Potencial Eólico Brasileiro, a potência total estimada no País é de 143 mil MW.

Novo desenho

A dois meses das eleições municipais, a Prefeitura de São Paulo anunciou um pacote de obras que visa melhorar a fluidez do trânsito, principalmente nos corredores de ônibus da cidade. Uma das principais intervenções ocorrerá no corredor da avenida Rebouças, nos pontos próximos ao cruzamento com a avenida Brigadeiro Faria Lima.
A configuração da via na região será alterada, criando pontos de ultrapassagem. É a correção de uma falha do projeto original do corredor, que obrigava os ônibus a esperar em fila indiana sua vez de embarcar e desembarcar os passageiros.
Um problemão para um ponto que fica numa região de alta concentração de edifícios comerciais e de baldeação para quem transita entre o Itaim Bibi e o Butantã ou Morumbi.
Pelo local passam 39 linhas municipais. No horário de pico, entre 18h e 19h, os ônibus demoram até 40 minutos para chegar à parada.

Desenho atual obriga ônibus a formar fila indiana, sem possibilidade de ultrapassagem. Espera chegava a 40 minutos.


Embarque e desembarque serão realizados em ambos os lados do ponto de ônibus.

Caixa-preta para edifícios

Pesquisadores da Universidade de Illinois em Urbana-Champaign, nos Estados Unidos, desenvolveram o projeto de uma caixa-preta para edifícios. O cérebro do sistema é um computador encerrado em uma caixa feita com geopolímeros à prova d'água, de choque e de fogo. A ele estão ligados Identificadores de Rádio Freqüência (RFIDs), sensores e câmeras espalhados pelo prédio, além do sistema de automação da construção. O desempenho do prédio é aferido em tempo real e pode ser acessado remotamente (via internet) ou in loco (via wireless). De acordo com os pesquisadores, a caixa-preta pode auxiliar equipes de resgate em situações críticas - como, por exemplo, após um terremoto ou durante um incêndio -, fornecendo informações imediatas, precisas e confiáveis sobre as condições da estrutura. O trabalho foi apresentado num paper publicado em abril no periódico Journal of Information Technology in Construction.

Integrada a sensores, a caixa-preta pode fazer o monitoramento ativo das condições do edifício, como a análise de seu comportamento estrutural.

Desconstrução invertida

Um novo projeto do arquiteto Richard Rogers tomará lugar em Londres. Será uma torre com 48 andares e 225 m de altura, em formato de triângulo-retângulo, chamada The Leadenhall Building, ou, se preferir, Ralador de Queijo, apelido que recebeu.
Para ser construída, no entanto, precisa do espaço que é ocupado pela P&O Tower, desde 1965, no número 122 da Leadenhall Street. A demolição desse prédio de 54 m e 14 pavimentos está sendo feita de um modo pouco usual, de baixo para cima. A inversão da metodologia de demolição usual, em que se desconstrói o prédio de cima para baixo, é necessária devido à concepção estrutural.
A P&O Tower tem um núcleo central em concreto com uma grande viga no topo, onde foram pendurados os andares em pilares que atuam, na verdade, como tirantes. Assim, os andares mais baixos estão sendo desmontados, deixando esse núcleo à mostra. Quando o núcleo estiver despido por completo, será demolido de cima para baixo.

Outro fato curioso é que a construção do novo prédio começou em outubro último, mas a demolição ainda não acabou. Isso é possível porque o novo prédio, com conclusão prevista para o começo de 2011, será construído de baixo para cima.

ArchIngenium genesis

ArchIngenium é a junção das palavras Architectura e Ingenium, que do latim remetem, respectivamente, à arte de edificar e ao produto da capacidade de criar. Os termos envolvem, ainda, a arte de saber, o engenho, a criatividade.
Esse blog é criação de dois jornalistas, Bruno e Renato, que o acaso tratou de especializar em construção civil e arquitetura. Desse trabalho nasceu primeiro o entendimento e, depois, o gosto. Gosto fácil pelas formas, simbolismos e sensibilidades da arquitetura, mas também pelos segredos da engenharia, desde as fundações até os revestimentos.
Aqui serão postados textos dos mais variados, sem pretensões políticas, ideológicas ou técnicas. O ArchIngenium abre espaço não só para homenagear a engenharia civil e a arquitetura, mas também para registrar opiniões das mais diversas, suscitar o debate e a reflexão sobre a construção brasileira e mundial.
Sejam bem vindos ao nosso blog.